quinta-feira, 23 de abril de 2009

Décor&Ostentação



Já não há cu que aguente isto!

Querem lá ver?


Já não bastava as patacoadas que escrevem, os versos a condizer no som, tom, bom, pom-porompompom (esta foi para rimar), as fotografias 300.000 vezes já vistas, os erros na conjugação dos verbos, agora ainda lhes tenho que aturar a decoração das casas da cidade, mais a das casas dos suburbios, mais as do campo, da praia, da montanha, do inferno???


É tudo tão lindinho, tanto óleo na parede, aguarela por cima da lareira, ele é décor para o dia da Primavera, o da Páscoa, o do Senhorio!!!


Mas eu é que sei. Eu é que lhes limpo as mazelas... É ver o belo do cobertor à tigreza a cobrir o sommier...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Ração de combate




Nem sempre (é verdade!), nem sempre o verdadeiro artista está inspirado ou então a musa foi aos saldos do El Corte Ingles e não está para aturar-lhe as caturreiras.


Vai daí - como qualquer bom artista que se preze - socorre-se da sua despensa onde não faltam aquilo que qualquer boa dona-de-casa tem sempre como SOS: os enlatados.

Qualquer um sabe como os enlatados são a safa de quem não tem nada de imediato, ou no caso vertente, idéias de jeito que se postem para gáudio dos seus fãs.


Pois bem: O artista tem sempre à mão o seu enlatado de recurso, a chamada idéia de merda, o suprasumo das rações de combate, que nunca o deixa ficar mal.


E é vê-los a eles e a elas, todos nos bicos dos pés, a adorarem o seu artistazinho blogger, tão fantástico, tão inovador, tão genial a dispôr-se em mais um bodo aos pobres.


Eu é que sei, que eu é que lá vou limpar e sinto-lhes o cheiro... Aos enlatados e aos merdosos que não sabem distinguir entre uma obra de arte e uma bela bosta!


PS: Desculpem os meus fãs a imagem não ser rosa... Mas não encontrei merda dessa cor.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Bordadinhos




Arte ancestral e muito indicada para curas de espirito e de mãos ocupadas em sitios de corpo menos recomendados à moral, voltou a estar na moda.

Direi mesmo que aqui neste mundo tão peculiar se tornou para além de uma tendência uma verdadeira obssessão.


É vê-los a dar pontinhos aqui e ali, usar as linhas a partir da grelha policromática consoante o sitio onde vão cerzir o comentário e esperar que o remate mal amanhado não se note, que esta coisa dos bordados é como a semeadura, colhe-se o que se planta. Ou melhor, borda. Ou direi bordas?


Eu também sei bordar, que sou menina de familia, que pensam?!

Mas as minhas mãos estão grosseiras e duras de tanto trabalho de escovar, esfregar, enxaguar e desinfectar e mal toco nos tecidos (leia-se alguns blogs onde vou limpar) encarquilha-se todinho.

Está-se mesmo a ver que o resultado é que nunca recebo bordadinho nenhum de recompensa...


Deixá-lo! Sou mais de batas de chita, a bem dizer. Pelo menos não fico com a brotoeja dos pontinhos...