quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

E já foi mais um venha o NOVO

 
Querido Diário,
 
É impressionante com esta gente se abala das suas casas, dos seus Países e se fica por aqui a fazer o transbordo do Ano no meio de outros que não conhece de lado nenhum!
 
À meia-noite é vê-los agarrados aos telemóveis a fazer as chamadas internacionais, alguns muitos bêbedos sem perceber que a hora de Portugal ainda é um bébé no que já aconteceu no outro lado do oceano! Ou muito chorosos, a curtir a carroça porque a ligação falhou...
 
Tadinhos.
 
Vinde, que a Navalha consola-vos.
 
É isto que o tuga tem sempre de bom. Em qualquer lugar do mundo onde estamos fazemos a nossa casa. Mesmo que o faducho nos pingue no sentimento, sabemos fazer a festa, acabou o velho, Viva o ANO NOVO!

Um grande Ano para ti meu Confidente!
 
Maria Navalha

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Há gelo mas não há neve...

 

Amantíssimo Diário,
 
Eis-me de novo como uma Estação regressada, volto dos calores para entrar no rigor dos frios tal foi o tempo que estive sem te contar de mim, da maison, das vidas de tantos que aqui têm passado.
 
O negócio vai bem, felizmente.
Eu ando muito cansada que isto de ser proprietária e até capitalista como uma empregada já me chamou, dá trabalho à farta, e verdadinha, capital empato eu para que as coisas andem para a frente. Lucro, sim, também o vejo, mas olha que não é lá essas cousas de fortuna que dê para me sentar a abanar a perna e pôr-me aqui no blogue.
 
Está um frio de rachar, há gelo na estrada, nos telhados, nos carros, um pouco por todo o lado dá para apanhar uns pedaços e brincar. Mas que não se iludam porque não é neve, bem que gostaria que fosse, mas para isso é preciso trepara mais e ir à serra.
 
Contentemo-nos com o que temos, brinquemos com o que apanhamos e salvemo-nos todos de uma valente gripe que elas andem aí.
 
Para ti o meu sempre beijo
 
Navalha

sábado, 23 de agosto de 2014

Refresh? nah!

 


Meu Querido Diário,
 
O tempo aperta e as tarefas chegam primeiro, desculpa, sabes bem que não te esqueci.
 
Como te contava foge o tempo e eu fujo da canícula impiedosa que se faz sentir, que aqui quando é Verão é à séria e bem  só mesmo debaixo de telha. Não sei como é que os camones aguentam este sol... Claro que ao fim de 15 m estão que nem marisco cozido, mas adoram, adoram! E quem sou eu para os contrariar?!
O gelo não dá vazão e as bebidas é sempre a aviar, por isso estou como Deus quer.
Pouca roupa e água fresca, mas só no meu quartinho que isto de andar ao léu é só mesmo para os escaldados e eu, trato das minhas carnes com muito esmero e carinho.
 
Recebe um beijinho desta que não te esquece,
 
Maria
 

sábado, 10 de maio de 2014

Intimidades

 


Meu Mui Mui Querido,
 
Agora que as coisas entraram nos eixos e a casa está composta de freguesia, é tempo de pensar cá na je.
 
Tenho andado a ver uns catálogos da Victoria Secret, mas como bem sabes, segredos para mim é coisa que eu não gosto lá muito, porque cheira-me sempre a marosca e para isso, já temos o Governo que temos, não precisamos de aditivos aqui na maison e muito menos comigo, que sou rapariga toda ao naturel sem nada que não seja o que Deus me deu e a genética também.
 
Mas dizia-te eu, meu bom Diário, confidente e amigo, que precisada que estou de roupa de dentro, atirei-me de vistas à lingerie da Victoria e pendeu-se-me o gosto por este conjunto, com asas e tudo. Mas depois de melhor pensar, remoer, como farei se algum cliente mais saliente se lembrar de me querer alisar as penas?! É que eu estou mais para águia que andorinha...
 
Portanto, está resolvido: regresso ao bom par de cuecas de algodão e ao soutien da retrosaria da D. Alice, que sempre me serviram tão bem.
 
Voar é para os passarões.
 
Recebe um beijo desta Navalha,
Maria

terça-feira, 1 de abril de 2014

Parabéns a Moi!

 
 
Parabéns a Nós Querido Diário!
 
Faz hoje 6 aninhos que andamos nestas coisas do virtual e verdadinha, virtude nunca nos faltou. Essa e língua para botar discurso ou dedos suficientes para descarregar no teclado tudo o que nos vai cá dentro. É muito difícil esta vida, uma luta constante entre a facilidade da mentira e a exposição das verdades. Mas nós não desistimos, não é assim?
 
 
 
 
 

 
 
Por isso para nós e todos aqueles que estão ao lado da verdade, um grande tchin-tchin!
Ou cá na nossa língua, bota abaixo!
 
Prometo que não vou parar. Independentemente dos constantes ataques e tentativas de me desmoralizarem para que eu me cale, para me enfraquecerem, para me envergonharem das minhas humildes origens. Que essas não as nego nem as arrenego: Já limpei muita merda e mesmo que agora não o pareça, ainda arregaço as mangas e não me assusto com um esfregão e uma pia encardida.
 
Mas hoje é dia de festa. Brindemos!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Primavera Primavera!

 

 
Chegou a Primavera!
 
Meu Querido Diário, bem sei que só amanhã é que é a data oficial, mas a natureza não se acomoda aos calendários dos homens e não se fazendo rogada com datas, desponta em cânticos de esplendor de cor e perfumes!
 
Por aqui, explodem em cor as buganvílias, os malmequeres silvestres, as abelhas tontas de tanto zoar entre alfazemas em botão ou o rosmaninho que outros, desconhecedores lhes chamam de igual. Não faz mal, é tudo lindo e maravilhoso! Há um perfume no ar que encanta tudo e todos e os turistas estão deslumbrados com tanta beleza neste cantinho tão pequenino.
 
Os pobres até querem comer a fruta verde, que ainda mal cresce, coitados... Que grande caganeira os espera. Não é por falta de aviso, mas insistem numa vida selvagem que imaginam, ou que leram vá lá adivinhar-se em que livros, Santo deus!
 
Eu por mim, fico-me pela marmelada e pelas compotas feitas de inverno. Espero que os frutos se desenvolvam, cresçam e depois sim, vamos a colhê-los!
 
Um beijo da sempre tua,
Maria Navalha 
 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Às flores



 
Meu lindo Diário,
 
Não te abandonei, mas como te havia contado entrei numa fase de renovações cá na casa. Anda tudo num grande reboliço: Paredes derrubadas, paredes erguidas, muito pó, entulho, gentes a entrarem e a saírem e felizmente agora, já muito do inferno dos barulhos e dos batuques acabaram, que no inicio estive quase para ir dormir com a criação, tal não era a tormenta por aqui.
 
Agora os quartos estão a ser forrados a papel, tudo às florinhas cor-de-rosa como convém, que é para ver se os hóspedes têm um sono tranquilo e me deixam as mobílias inteiras, porque tu como sabes, que já te contei, isto não é bem o Paraíso.
 
É muito lindo recebermos as pessoas e elas saírem encantadas, mas o mijo quem o limpa é sempre o mesmo, e quando eles chegam aos quartos de carraspana a gritar pelo gregório não querem saber para onde se vazam, que isto aqui não é deles, é da Navalha e toca a andar.
 
Mesmo assim, não me posso queixar muito, meu querido Diário. Sei quem são os beberolas crónicos e já mandei forrar a plástico transparente grosso as fauteuils dos quartos onde eles habitualmente ficam. Está tudo previsto.
 
Em Março recomeça tudo. A agenda está já a ficar cheia. Como te disse: Não me posso queixar.
 
Um beijinho da tua,
Marie
 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Casa cheia


Meu Queridíssimo Diário,
 
Ele têm sido dias de uma azáfama!
Com o fim do ano tu nem sabes! Nem imaginas, nem calculas! Encheu-se-me a casa muito mais do que poderia imaginar que os estrangeiros vai de chamarem meio-mundo que isto aqui é que é do best e apareceu cá os States em peso! Eu nem sei como é que eles se puseram aqui enquanto o diabo esfregou o olho! Que eu nem preguei o meu e lá tive de regressar às velhas andanças, arregaçar as mangas e meter a mão na massa! E o que comem?! E o que bebem?! Senhores!!!
 
E não me chegando estas vidas ainda arranjei um pretendente que não me largou a labita durante os três dias que aqui esteve, raça do homem!
Bom, pelo menos, já sei que quando for aos USA, tenho um tecto para me abrigar à borla. Mas só de pensar na carraça que é... afasto-me de tal terra.
 
Fecho o turismo de habitação por agora. Vou para
renovações, limpezas. Já sabes que uma boa esfregadela é comigo.
 
E fecho este nosso Diário. Com um beijo para ti.
 
Maria Navalha