quinta-feira, 9 de abril de 2009

Bordadinhos




Arte ancestral e muito indicada para curas de espirito e de mãos ocupadas em sitios de corpo menos recomendados à moral, voltou a estar na moda.

Direi mesmo que aqui neste mundo tão peculiar se tornou para além de uma tendência uma verdadeira obssessão.


É vê-los a dar pontinhos aqui e ali, usar as linhas a partir da grelha policromática consoante o sitio onde vão cerzir o comentário e esperar que o remate mal amanhado não se note, que esta coisa dos bordados é como a semeadura, colhe-se o que se planta. Ou melhor, borda. Ou direi bordas?


Eu também sei bordar, que sou menina de familia, que pensam?!

Mas as minhas mãos estão grosseiras e duras de tanto trabalho de escovar, esfregar, enxaguar e desinfectar e mal toco nos tecidos (leia-se alguns blogs onde vou limpar) encarquilha-se todinho.

Está-se mesmo a ver que o resultado é que nunca recebo bordadinho nenhum de recompensa...


Deixá-lo! Sou mais de batas de chita, a bem dizer. Pelo menos não fico com a brotoeja dos pontinhos...

1 comentário:

uf! disse...

Quando era pequenina - mas mesmo muito pequenina, parece que tinha arte para bordar. Mas foi mal que me passou com a professora de «Lavores», do liceu... Adiante :-)
Eu gosto de alguns bordados. Não tenho uma colcha bordada de Castelo Branco... mas tenho pena. Não sei se conhece um encarte de um disco de Maria Bethânia («Pirata») que tem fotos de uns bordados que eu acho lindos. E tenho uma edição de «A Moça Tecelã», de Marina Colassanti que também tem fotos de bordados tradicionais do mesmo tipo.
Agora também é verdade que quem borda se pica :-)
E que quem se pica alfinetes tem
:-)
Mas também dizem que quem não se sente não é filho de boa gente e que quem nunca pecou é que pode atirar a primeira pedra - se não tiver telhados de vidro, porque quem tem telhados de vidro não atira pedras...
:-)
Mas o que eu queria mesmo era deixar-lhe os votos de uma boa semana e dizer que só agora publiquei o seu coment porque estive «de férias de páscoa»
cumprimentos